terça-feira, 24 de maio de 2011

Matéria no Imprensa Livre sobre a Greve dos professores e funcionários da ETEC-SS

24/5/2011 9:38

Grevistas da Etec do município protestam em frente da unidade do Porto Grande

Grupo local também participou de manifestação em São Paulo

Desde 13 de maio algumas unidades da Faculdade de Tecnologia (Fatec) e Escola Técnica Estadual (Etec) do Centro Paula Souza entraram em greve. No Litoral Norte depois de alguns dias, a Etec de São Sebastião também aderiu à greve. Segundo o professor de hotelaria Roberto Metlicz, da Etec de São Sebastião, o movimento já atingiu mais de 50% dos funcionários, e os incentivos para aumentar o número de grevistas não param. “Todos os dias pretendemos nos concentrar em frente da escola às 13h30 para formar forças. E queremos que outras unidades entrem também”, conta.
A reportagem esteve no local, onde estavam concentrados quatro professores e um auxiliar administrativo. Logo se juntou ao grupo para dar apoio, o vereador Luiz Antônio Santana Barroso (DEM), o Coringa.
Segundo o professor de artes do ensino médio e técnico Alan Lopez a luta é por direitos, afinal já faz mais de seis anos que o reajuste anual de lei não é dado.
Para a professora de informática e meio ambiente Janine de Souza outras reivindicações que são feitas é a reforma geral do prédio. “Temos equipamentos que não são usados por que a eletricidade da escola não suporta. Por causa desses problemas de estruturas que os alunos apoiam a greve”, explica.
Conforme o auxiliar administrativo Virgíneo Xavier, a administração remanejou os horários e dias de aulas para facilitar a vida dos estudantes. “Alguns vêm de longe e assiste só a uma aula”, acrescenta.
Segundo o professor de hotelaria para conciliar o custo de vida com o que é oferecido teve que montar recentemente uma empresa de treinamentos de hotelaria. Além disso, ele vai ministrar cursos de hotelaria no Litoral Norte.
Os grevistas indagaram ao vereador Coringa a possibilidade de espaço na Câmara Municipal. “Aquele é um espaço para esse tipo de finalidade, mas tem um tempo até ser concedido. Vamos fazer o pedido e correr atrás disso. Mas o que também dá para ser feito além de movimentos é uma carta de manifestação”, explica.
O vereador se mostrou prestativo e aprovou a atitude de greve dos funcionários. “A educação é à base de tudo. Mas como pedir para os professores atuarem sem pagar o merecido. Eles não pedem aumento e sim reajuste”, avisa.
Os professores afirmaram que a Etec de Ubatuba também aderiu à greve. No entanto a redação do Jornal entrou em contato com a direção da escola, a qual negou.
De acordo com o professor Roberto na última sexta-feira duas mil pessoas entre professores, funcionários e estudantes da capital e de cidades do interior estiveram em frente ao Museu de arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. O pedido é reajuste salarial, melhores condições de trabalho e de infraestrutura das escolas.
Ainda segundo ele, logo após, foi realizado uma passeata até a frente das Secretarias de Gestão e de Desenvolvimento, onde o protesto continuou. “Os grevista de São Sebastião também participaram”, ressalta.
O professor também informa que amanhã, às 14h, está marcada uma Assembleia na frente do Masp, em São Paulo, onde serão novamente impostas as ideias de reajustes dos trabalhadores e onde talvez a resposta seja dada, a mesma que decidirá a continuação ou fim da greve.
Segundo arquivos recente do Jornal Imprensa Livre no dia 18 de maio a unidade da Etec de São Sebastião contava com 26 grevistas. E o governo havia proposto aumento de 11%, o que foi negado pelo sindicato.
Já em outra matéria de dois dias anteriores, a greve da unidade ainda era mistério. A matéria divulgava os números de trabalhadores das Etecs e Fatecs do Litoral Norte. Em São Sebastião contam com 56 funcionários e 780 alunos. Na mesma publicação o professor Marcos Lucas Ronchi Mendes da Etec Aristóteles Ferreira, de Santos, contou que o sindicato percorreria na próxima semana da data da matéria o Litoral Norte e Sul para conscientizar e buscar apoios de outras unidades. Marcos também informou à redação que reajustes não eram feitos desde 2005 e o último foi de 30%. E a pretensão esse ano é um reajuste de 58% para os professores e 72% para administração.

Fonte: http://www.imprensalivre.com.br/

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