quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nova matéria no Imprensa Livre sobre a Greve dos professores e funcionários da ETEC-SS

26/5/2011 9:25
Câmara apresenta moção de apoio à greve dos funcionários da Etec e Fatec

Na última sessão de Câmara de São Sebastião foi lida a moção de apoio à greve dos funcionários das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia do Centro Paulo Souza (Fatecs), proposta pelo vereador Luiz Antônio de Santana Barroso (DEM), o Coringa, com a assinatura dos demais vereadores. A greve dos os professores e funcionários iniciou, no dia 13 de maio de 2011, e deve continuar por tempo indeterminado. A moção será encaminhada para o Sinteps, para a Superintendência do Ceeteps, para a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e para o Governador Geraldo Alckmin.
Os vereadores ressaltaram que o reajuste salarial de 11%, a vigorar em 1º de julho, para pagamento em agosto, anunciado pelo governador, dentro deste quadro de arrocho, foi entendido pela categoria como uma afronta.
“Os indicadores educacionais das Etecs e Fatecs mostram o compromisso dos professores e funcionários com a sociedade paulista. Estes profissionais esperavam respeito pelo seu trabalho. Não houve respeito, não houve diálogo, deflagrou-se a greve, que tem o apoio dos vereadores da Câmara Municipal de São Sebastião”, concluem.

Manifesto

Ainda durante a sessão de Câmara, alguns funcionários das unidades da Etec e da Fatec de São Sebastião fizeram uma manifestação com faixas e entrega de panfletos.
No documento, os funcionários explicaram que o motivo da greve geral foi à total ausência de diálogo com o governo estadual.
“Apesar da imensa propaganda que o governo faz das Etecs e Fatecs, os salários dos profissionais estão completamente defasados da realidade nacional; não há benefícios, como vale alimentação e vale transporte para todos os trabalhadores; a legislação de Medicina e Segurança do Trabalho não é cumprida”, consta no panfleto distribuído na Câmara. De acordo com o manifesto dos funcionários, a política salarial dos professores e funcionários do Ceetps não é cumprida desde 1996 e, apesar dos ganhos judiciais dos trabalhadores, o governo ignora o direito ao reajuste salarial anual pelo índice estabelecido pelo Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp). Assim, as perdas salariais já ultrapassam a casa dos 58% para os professores e 71% para os funcionários até a Data Base de 2010.
Desde 2006, segundo a categoria, não há reajuste salarial e diálogo com o governo, que ignora aos inúmeros pedidos oficiais do sindicato para a exposição das reivindicações justificadas dos trabalhadores.
“Os trabalhadores em greve já contam com o apoio de muitos de seus alunos, que vivenciam os problemas da Instituição e sofrem com a evasão de professores e funcionários, provocada pelos baixíssimos salários praticados no Ceetps: R$ 10,00 a hora dos professores das escolas técnicas; R$ 18,00 a hora aula dos professores das Fatecs e R$ 510,00 o piso dos funcionários mensalistas”, afirmam.

Retirado de http://www.imprensalivre.com.br/

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